Francisco Perna Filho
Os gordos porcos enfeitam as praças com as suas barrigas,
Infestam as flores da lama que são,
em arrotos túneis despejam palavras
e se prolongam em gazes furiosos,
em espasmos homéricos,
em fraudulentas fuçadas.
Os gordos porcos invadem as câmaras municipais,
assembléias legislativas,
Palácios,
Igrejas
e se proclamam justos,
removem tudo que ali está,
detritam a boa fé do homem bom
e arrastam a esperança de quem pede socorro.
São paroquiais,
municipais,
estaduais
e federais.
Estão em toda parte.
Os gordos porcos passeiam livres e tranqüilos pelos shoppings,
gastam rios de dinheiro público,
Jogam lama nas ruas limpas
E cavam buracos nas colunas sociais.
Os gordos porcos enfeitam as suas casas com o resto da fé dos humildes
e se confessam também humildes,
quando reclamam da penúria que vivem.
Os gordos porcos não têm dono,
Não têm escrúpulo,
Nem piedade.
Os gordos porcos adoram lavagem,
Viagem e poder.
Os gordos porcos:
Ronc-ronc-ronc!
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