Valdivino Braz
Um dos grandes nomes da poesia brasileira, Valdivino Braz nasceu em Buriti Alegre (GO), em 23 de novembro de 1942. Formado em Jornalismo pela UFG (1984), é membro da União Brasileira de Escritores de Goiás. Possui várias premiações literárias, valendo destacar o Prêmio Nacional Cidade de Belo Horizonte, 1992, com A trompa de Falópio; Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, 2002, com Poema da terra perdida. E, em 1997, recebeu da União Brasileira de Escritores/Goiás o troféu Tiokô de Poesia. Valdivino Braz, por muitos anos trabalhou na imprensa oficial do Estado de Goiás (aposentou-se recentemente), atualmente, além de editar alguns jornais, é colunista da Revista Bula. Boa Leitura!
O LABIRINTO EM FLOR
Pensar, pensar, até florir,
incendiar-se o labirinto em flor.
Arranjos florais de uma desordem
— girassóis-girândolas em chamas —,
O caos dentro de sua própria ordem.
Penso a palavra
e se deságuo emoção,
aí procura a razão.
No caos entre uma e outra,
me sustento.
O caos cria, desfaz, diferencia.
Não me construo com a forma,
antes me desmorono,
mais familiarizado com o fundo,
minha fôrma.
Pêndulo no fio de equilíbrio
— gangorra absurda
e um visgo de nada —,
crio vertigens,
vejo o fundo de sangue do que sou.
Imenso, o abismo de um verso.
Me solto do fio,
no fundo me arrebento,
e me incendeio.
Sílex, antes que Fênix.
Imagem: Noite Estrelada, de Van Gogh - http://bitaites.org/tag/van-gogh
Você apresenta alguns poetas que não conheço e que aprendo a gostar.
ResponderExcluirTodavia tenho sentido falta de um poema seu.
beijos