Francisco Perna Filho
O mar do bar tem cor móvel
adrede colocada nas garrafas de cervejas e tonéis de pinga,
por onde os homens passeiam
com suas máquinas de desilusões.
No Mar do Bar,
as ondas tiram ondas
nos lábios carnudos e gulosos da boca-da-noite,
quebram nos corpos,
quedam nos copos.
No mar do Bar,
de joelhos,
sou pescado.
Fonte da imagem: http://www.prof2000.pt/users/crigaspar/images/boca1.gif
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