Aquarela - by Gonzalo Cárcamo |
LATIFÚNDIO
Na rua,
a esperança rui,
acalentada que fora,
em vão,
pelo Guardador-de-carros,
que em acenos vários
contabilizara vagas
no pedaço de asfalto
que lhe coubera.
O vão da vaga,
o aceno em vão,
e o insone latifundiário
coloriu-se de asfalto
e sonhou semáforos,
apitos
e vazios.
Amou a leveza do estômago
que, passivamente,
soletrava
pão.
In. Refeição. Goiânia: Kelps, 2001, p. 65.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário aqui