Insone
As ruas nunca dormem.
Não há tempo para isso,
guardam os prédios que se esvaem em sono vertical.
Os porteiros não dormem nunca.
Não há tempo para isso,
guardam os donos nidificados
em sonhos de existência.
As mães nunca dormem,
velam os filhos errantes em bares e becos obscuros.
Os famintos,
os guardas,
as prostitutas,
assim como os cães,
exercem a insônia da sobrevivência.
Pelos olhos insones de todos estes
meus olhos vêem o inominado,
o imaterializável.
E, por muito ver,
meus olhos nunca dormem.
Imagem retirada da Internet: prédios
Francisco teu poetar é simplesmente perfeito!
ResponderExcluirTambém sou como os que nunca dormem, tantas vezes a vida me bate os olhos e então viro notívaga...
Amei seu blog, sigo-o com prazer.
Abraços
Janaina, obrigado pela visita e pelas boas palavras; seja sempre bem vinda!
ResponderExcluirAbraço grande
Belas poesias
ResponderExcluir(INSONE)a melhor
Parabens pelo blog, muito bacana :D
por: JOELMA ROCHA