O destino que Deus me deu
ecoa em minha vida
meu mundo se acaba
escute o som
do machado destroçando o koto
Não pensas em tais coisas?
não me desejas em sonhos?
ó jovem
meus rubros lábios
não queimam em teu coração?
Quando um rapaz entra
pelo portão da perfumaria
numa noite de luar na primavera
na Kyoto de baixo
penso: que meigo!
Para punir os homens
por seus numerosos pecados
de pele pura
e cabelos pretos e longos
eu fui feita
Tradução: Diogo Kaupatez.
In. PAISAGEM URBANA E POESIA JAPONESA CONTEMPORÂNEA, antologia de poesia japonesa, organizada por Raquel Abi-Sâmara, Sadami Suzuki e Leith Morton)
Fonte: Jornal MEMAI
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