Foto by Sinésio Dioliveira
Manhã de Pássaro
O trinar do pássaro,
ao adejar as asas,
ignora o céu
para contemplar o chão
e fruir da flor
o abissal perfume que o paralisa.
A flor ardente,
que brota da terra,
acostumada a pássaros
abre-se em oferendas,
para também como pássaro
desfrutar o céu.
O que une o pássaro à flor
e a flor ao pássaro
é o desejo de ser pássaro e flor,
de ser flor e pássaro,
de fruir do voo o perfume
e do perfume o voo
que os eterniza.
o vou e eterno para todas as essencias o ar e eterno para aluz que o trasporta.
ResponderExcluirMeu caro amigo Chico Perna, seu poema engoliu o meu. Outrora, quando fiz o meu, vale mencionar, eu estava galgando os primeiros degraus do mundo das letras, tinha pouco combustível verbal no tanque. Portanto incapacitado de ir longe... Abraço!
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