À CIDADE DA BAHIA
Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente,
Pelas drogas inúteis, que abelhuda,
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus, que de repente,
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fôra de algodão o teu capote.
(Gregório de Mattos. Poemas escolhidos.
Ed.de José Miguel Wisnik. São Paulo:
Culrix, 1975. p.40; 42)
Imagem retirada da Internet: Bahia séc. XVII
Caro Chico,
ResponderExcluirencontrei seu blog numa pesquisa sobre periquitos em casa de cupim e fiquei encantada com sua delicadeza em compartilhar poesias... Sou jornalista, tenho um blog e escrevi sobre esta busca de hoje... Estou recomendando seu blog para meus amigos e o texto de hoje está no link
http://leapenteado.com/2010/07/18/periquitos-e-cupins/
um abraço e boa sorte...