POESIA
Sob a luz da vela,
a poesia instaura-se autônoma,
no não-lugar.
Não há passado,
futuro ou presente,
ela está no para-sempre,
nos desvãos do transitório.
Não traz alarde no seu grito,
alimenta-se de escombros e incertezas,
de becos e vielas,
muros e solidões.
Está ali,
Aqui,
Lá.
Entremostra-se,
na centelha de luz,
no lampejo,
no desejo,
no precário
do poeta que a traduz.
Palmas, 14/03/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário aqui