O bruto ser que brota,
nos olhos finos do gato,
em plena luz refletida.
a loucura da palavra
que me impede a boca
o beijo travo da louca
que me assalta o sonho.
Um caminho
que nunca volta,
a porta em desalinho
na sombra que me reflete
torto.
O passarinho rouco
em desacelerado canto
um beijo tenso guardado
Quando me levanto.
Tarde tarda tantas vezes
o sono
Sou assim assado sempre
que me escondo,
me escudo, me recuso,
nunca me acho
A fina flor que carrego
morreu de orvalho.
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