Devaneio
Tenho
sobre a minha mesa
Um crânio, um feto e um cálice de vinho
Sobre os meus pensamentos
Uma ideia, uma esperança e um sonho tinto
Trago no rastro da vida
Uma dor, um amor e um martírio
E deixo em rascunhos perdidos no tempo
Minha história, meu ideal e meu delírio
Agora bebo o cálice de vinho
Um crânio, um feto e um cálice de vinho
Sobre os meus pensamentos
Uma ideia, uma esperança e um sonho tinto
Trago no rastro da vida
Uma dor, um amor e um martírio
E deixo em rascunhos perdidos no tempo
Minha história, meu ideal e meu delírio
Agora bebo o cálice de vinho
E
a cada gole que saboreio
Fico
a refletir sozinho
Sou
este feto, sou este crânio
Que
tão depressa passou pela vida
Sem
ter vivido tudo o que queria
Sou
este feto, sou este crânio
Cuja
morte só não foi pior do que a loucura
De
ter amado este mundo de amargura
In.“Fragmentos do Tempo”, editora Artepaubrasil
Imagem retirada da Internet: Crânio
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário aqui