Foto by Francisco Perna Filho |
PALMAS
Para Odir Rocha
Eu te chamo pelo nome,
Palmas,
e leio, nas tuas curvas,
a geometria
das ruas
e
o movimento do teu povo.
Sirvo-me
das cores e do destino
de
uma futura metrópole
para
compor este poema
que
te dedico.
Sei
das tuas dores,
dos
desencantos,
e
das linhas do teu corpo:
Teotônio
Segurado,
Juscelino
Kubitschek,
E
de tantas outras que não sei o nome.
Sinto
o teu movimento
na
fluidez de automóveis e motos,
nos
faróis, setas e buzinas,
a
colorir-te de brilho
neste azul febril do teu céu.
Da
minha ilusória janela,
Nutro-me
de esperanças
De
vê-la assim tão nobre
Livre
dos predadores,
Dos
insensatos,
Dos
falsos educadores
que
segregam seus jovens
e
desconhecem a flor do outro lado da rua.
Canto
a tua serra,
O
teu lago,
teus
parques
e
fontes.
Canto
os teus bairros,
e
choro a solidão dos desamparados.
A
vida se constrói aqui:
na
surpresa dos pássaros migrantes,
no
sopro dos ventos gerais,
refeitos
na alquimia do verbo.
Eu
me alimento disso tudo
E
celebro o instante
Nas
tuas mãos.
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