NOTÍCIA DE BARRO, VENTO E SOL
Cão de barro e sopro,
Insone bicho noturno,
Urdido em poeira, água e sol,
E sete luas e dez outonos.
Trago na voz páginas e páginas
de brasa e vento
(e uma multidão de perguntas
queimando a língua).
E as vidas e os livros e os diários inconclusos,
e os livros-vidas que vou lendo,
indagando, decifrando ou não,
e os caminhos que hei de percorrer...
Essa sorte de poesia – sentença de pedra e fogo -
Herança de deuses distantes.
E a vida e o desassossego de suas mochilas.
E o secreto calendário dos dias que virão...
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In.SINAIS DA TRAVESSIA, livro inédito, sem data marcada...)
Imagem retirada da Internet: library
Ser poeta em tempos de desconstrução não é nada fácil. belo poema!
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