Eu e o Mestre Gilberto Mendonça Teles - by Sinésio Dioliveira |
MESTRE
A Gilberto Mendonça Teles,
que sabe o rio e o x do poema.
Mestre é quem sabe o rio e suas curvas,
o ponto e suas linhas, na reta e na paralela
do sertão com seu silêncio de mapa e jejum.
Mestre é quem sabe a carta e seus rabiscos
e atravessa a letra escura e enluara a sombra
e o vulto na amplidão do vau e da pinguela.
Mestre é quem sabe o caminho e a pedra
no meio da cruz e suas direções de pregos
e martelos segundo o verbo e a dor do calvário.
Mestre é quem sabe que no meio do grifo
há um bico e um X, mas entalha a viagem
ao centro do círculo e do signo de sete pontas.
Mestre é quem sabe as palavras, as reticências
e seus seixos na incerteza do meio e do fim,
mas marca as direções e os quatro ventos.
Mestre é quem sabe o deserto e sua areia,
os grãos e os horizontes vermelhos da distância
e chega junto ao destino de deuses e de homens.
Mestre é quem sabe o menir e sua viagem de sol
e sombra e vultos e mistérios pela alma da formas
e percorre as veredas e atravessa a pedra além.
Mestre é quem vê a caverna e sua noite
e cinzela o boneco e seus riscos no barro
e no caráter para ser imagem e pó do tempo.
30-5-2004.
o ponto e suas linhas, na reta e na paralela
do sertão com seu silêncio de mapa e jejum.
Mestre é quem sabe a carta e seus rabiscos
e atravessa a letra escura e enluara a sombra
e o vulto na amplidão do vau e da pinguela.
Mestre é quem sabe o caminho e a pedra
no meio da cruz e suas direções de pregos
e martelos segundo o verbo e a dor do calvário.
Mestre é quem sabe que no meio do grifo
há um bico e um X, mas entalha a viagem
ao centro do círculo e do signo de sete pontas.
Mestre é quem sabe as palavras, as reticências
e seus seixos na incerteza do meio e do fim,
mas marca as direções e os quatro ventos.
Mestre é quem sabe o deserto e sua areia,
os grãos e os horizontes vermelhos da distância
e chega junto ao destino de deuses e de homens.
Mestre é quem sabe o menir e sua viagem de sol
e sombra e vultos e mistérios pela alma da formas
e percorre as veredas e atravessa a pedra além.
Mestre é quem vê a caverna e sua noite
e cinzela o boneco e seus riscos no barro
e no caráter para ser imagem e pó do tempo.
30-5-2004.
Poema de poeta-mestre!!!
ResponderExcluir