Casamento
Essa mulher que há muito dorme ao meu lado
vai, como eu, morrer um dia.
Estamos deitados para sempre
conversando
Como nas manhãs preguiçosas de domingo,
como nas noites em que voltamos das festas
e nos despimos comentando as pessoas, roupas e comidas,
e depois adormecidos nos pomos
a entrelaçar os sonhos
num diálogo imóvel
que nenhuma morte pode interromper.
In. Poesia reunida (Aprendizagem do amor). Porto alegre: LPM, 2004, p.190.
Imagem retirada da Internet: married
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