Antônio Ramos Rosa
ou de uma mulher de um magnífico fruto
se por ela não tremo e por ti não digo
ou não tremo e escrevo
sem uma estrela viva sem uma sombra de amor
é porque saí do teu ventre
e pela interdição de o fender
de o abrir na tua fenda primeira
numa Primavera derradeira
e por ti e por ela poderei viver ainda
e num arco-íris de sombra ou de areia
respirar como um astro subterrâneo
o espaço do mar
o sono de um canto adolescente
ó maravilhoso gemido
de um abandono
sem futuro!
Lisboa, 24/11/06
In. Revista Poesia Sempre. nº 26, Ano 14. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, p.24, 2007.
Imagem retirada da Internet: arco-íris
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