Søren Aabye Kierkegaard - Grandes Pensadores

Søren Aabye Kierkegaard





Nasceu em Copenhague, 5 de Maio de 1813 e morreu, na mesma cidade, 11 de Novembro de 1855 . Filósofo e teólogo dinamarquês, é considerado o pai do existencialismo. Boa parte das suas obras tratam de problemas religiosos, tais como a natureza da fé, a instituição da fé cristã, e ética cristã e teologia, daí caracterizarem sua obra como existencialismo cristão, em oposição ao existencialismo de Jean-Paul Sartre ou ao proto-existencialismo de Friedrich Nietzsche, ambos derivados de uma forte base ateística.



"A porta da felicidade abre só para o exterior; quem a força em sentido contrário acaba por fechá-la ainda mais."


"Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como num segredo."


"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se."


"A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante."


"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente."


"A fé é a mais elevada paixão de todos os homens."


"O indivíduo, na sua angústia de não ser culpado mas de passar por sê-lo, torna-se culpado."


"O humorista, tal como a fera, anda sempre sozinho."


"Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História."


"O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender."


"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se."


"Têm vergonha de obedecer ao rei porque ele é rei - então, obedecem-lhe porque ele é inteligente."

"O povo pede o poder da palavra para compensar o poder de livre pensamento a que ele foge."

"O infinito temor dum único perigo torna inexistentes todos os outros."

"Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no tempo nem na eternidade: a privação mais horrorosa, que não é possível recuperar nem nesta vida... nem na futura!"


"Ame profunda e apaixonadamente.

Você pode sair ferido, mas essa é a única maneira de viver a vida completamente".


"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se."





http://www.pensador.info/p/pensamentos_de_s%F8ren_aabye_kierkegaard/1/ - acessado em 10/08/2009, às 09h43

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Ecce Homo


Como vimos, foi em 15 de outubro de 1888 que Friedrich Wilhelm Nietzsche começou escrever "Ecce Hommo". Nesta obra, o filósofo teve a preocupação intelectual de contar todo o processo de construção dos seus livros: um por um. Um trabalho exaustivo e belo; uma espécie de síntese de sua vida. O livro foi concluido em tempo recorde, ficando pronto em novembro de 1888.








Nietzsche aos 17 anos



Hoje, veremos mais um trecho de Hecce Homo



(...)



Meu pai morreu aos trinta e seis anos; era terno, afável e mórbido, como um ser predestinado a desaparecer; foi mais uma benéfica recordação da vida do que a própria vida. No mesmo ano em que a sua força vital declinou, também a minha começou a baixar: no meu trigésimo sexto ano de vida, desci ao mais ínfimo ponto da minha vitalidade – vivia ainda, sem dúvida, mas sem ver três passos à minha frente. Então – era o ano de 1879 – renunciei ao cargo de professor em Basileia, vivi durante o Verão como uma sombra em Saint-Moritz e, no Inverno seguinte, o mais pobre de sol da minha vida, como uma sombra em Naumburg. Foi o meu ponto mais baixo: apareceu então «O viandante e a sua sombra». Eu era na altura entendido em sombras... No Inverno seguinte, o meu primeiro Inverno em Génova, aquela doçura e espiritualização, condicionada porventura por uma extrema pobreza de sangue e de músculos, suscitou a «Aurora». A plena claridade e serenidade, e até a exuberância do espírito, que a obra mencionada espelha,compaginam-se em mim não só com a mais profunda fraqueza fisiológica, mas até com um excesso do sentimento de dor. No meio dos martírios que consigo trouxe uma ininterrupta dor de cabeça, durante três dias, com penosos vómitos, possuía uma clareza de dialéctico par excellence e pensava friamente em coisas para as quais, em melhores condições de saúde, não sou um alpinista suficientemente subtil e frio. Sabem porventura os meus leitores até que ponto tenho a dialéctica por sintoma de décadence: no caso de Sócrates. – Todas as perturbações doentias do intelecto e até aquele semi-torpor que se segue à febre, são coisas que até hoje me permaneceram totalmente estranhas, acerca de cuja natureza e frequência só me informei através do estudo. O meu sangue corre devagar. Jamais alguém em mim conseguiu constatar a febre. Um médico, que durante muito tempo me tratou como doente dos nervos, acabou por dizer: «Não! Não há nada nos seus nervos, eu é que começo a ficar nervoso». Há, sem lugar para dúvidas, uma qualquer degeneração local, mas indetectável; não é nenhuma doença de estômago organicamente condicionada embora, como consequência do esgotamento geral, se depare com a mais profunda fraqueza do sistema gástrico. A própria doença dos olhos, que de vez em quando se aproxima perigosamente da cegueira, é só efeito, e não causa: de modo que quando aumenta a força vital também se intensifica de novo o poder visual. – Uma longa, demasiado longa série de anos significa em mim a cura – mas, infelizmente, significa também ao mesmo tempo recaída, ruína, periodicidade de uma espécie de décadence. Depois disto tudo, precisarei talvez de dizer que sou perito em questões de décadence? Soletrei-as para a frente e para trás. Até mesmo aquela arte de filigrana da apreensão e da compreensão em geral, aquele tacto para as nuances, aquela psicologia de «visão dos recantos» e tudo o que aliás me é peculiar foi então aprendido, é esta a prenda verdadeira daquele tempo em que tudo em mim se apurou, a observação e ainda todos os órgãos da observação. Lançar um olhar desde a óptica do enfermo aos conceitos e valores mais sãos e, de novo, inversamente desde a plenitude e da autocerteza da vida abundante ao trabalho secreto dos instintos de décadence – eis o que foi o meu mais longo exercício, a minha genuína experiência, e nisso tornei-me um mestre. Está agora em meu poder, tenho mão para inverter perspectivas: primeira razão por que só a mim será talvez possível em geral uma «transmutação dos valores».



Ecce Hommo. Tradução de Lourival de Queiroz Henkel. Ediouro, s/d.
Imagem: Nietzsche aos 17 anos - Photography by Ferdinand Henning in Naumburg, beginning of June 1862. - http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Nietzsche_1862b.JPG

Ecce Homo


NIETZSCHE (Friedrich), filósofo alemão (Rökken, perto de Lutzen, 1844 — Weimar 1900). Estudante em Bonn e Leipzig, e amigo de Richard Wagner, lecionou em Bale de 1869 a 1878. Morreu louco. Foi em 15 de outubro de1888 que o criador do Zaratustra tomou da pena para escrever o Ecce Hommo.







Por que Sou Tão Sábio

1



A verdadeira felicidade de minha existência, talvez a sua singularidade, consiste no seu destino: eu, para exprimi-lo em forma enigmática, como meu pai, já estou morto; como minha mãe, ainda vivo e envelheço. Esta dupla origem, que procede, de certo modo, do degrau superior e ao mesmo tempo do degrau inferior da vida, do que já está decadente, e de algo que começa agora, explica melhor do que qualquer outra razão esta mentalidade, esta independência e tudo quanto se relacione ao problema geral da vida, que constitui uma das minhas mais distintas qualidades. Para intuir com indícios da subida e da descida, eu sou dotado de uma sensibilidade maior do que qualquer outra que fosse dado ao homem ter; eu sou o mestre por excelência, conheço um e outro, sou um e outro.

(...)



In.Ecce Hommo. Ediouro, s/d.

Aforismo















Seguimos com mais dois aforismo do jesuíta espanhol Baltasar Gracián (1647). Os aforismos aqui postados fazem parte do livro A Arte da Prudência, considerado um dos grandes livros de sabedoria universal.




Maestria nas palavras e nos atos

Abre caminho em toda parte, e ganha de antemão
o respeito. Influencia tudo:a prática das virtudes,
o orar, até o andar, o olhar, o querer. É uma gran-
de vitória cativar o coração dos outros. A lideran-
ça não nasce de uma audácia tola nem de um en-
fadonho divertimento mas de autoridade superi-
or ajudada pelo mérito.





Não ser afetado


Quanto mais talento, menos afetação. Trata-se de um defeito vulgar, que desmerece e é tão maçante aos outros quanto é incômodo a quem a pratica. Faz-nos sofrer de preocupação, pois é um tormento ter de manter as aparências. As maiores qualidades perdem seu mérito por causa da afetação, pois serão julgadas como sendo fruto do artifício em vez de uma graça natural, e o mais agradável do que o artificial. Os afetados serão tidos como faltos dos talentos que afetam. Quanto melhor você é em algo, mais deve ocultar seus esforços, de modo que a perfeição pareça ocorrer naturalmente. Não se deve, tampouco, para fugir da afetação fingir não tê-la. O homem prudente não deve nunca demonstrar mais que conhece os próprios méritos; a displicência desperta a atenção dos outros. Duplamente grande é quem tem todas as qualidades, mas nenhuma em sua própria opinião. Percorre seu próprio caminho até chegar ao aplauso.




In. A Arte da Prudência. São Paulo: Martin Claret, 2002. p.70-71.
Imagem: St. Mattew and the Angel, 1661. (Musée du Louvre, Paris, France) Rembrandt van Rijn. - 1606-1669 -




A Arte da Prudência - Aforismos











Neste mês de agosto, para reflexão e deleite, postarei textos de grandes pensadores. Para começar, vamos conhecer alguns aforismo do jesuíta espanhol Baltasar Gracián (1647). Os aforismos aqui postados fazem parte do livro A Arte da Prudência, considerado um dos grandes livros de sabedoria universal. Baltasar Gracián nasceu em Belmonte de Calatayud a 8 de janeiro de 1601 e morreu em Tarazona, Espanha, em 6 de dezembro de 1658.





Caráter e inteligência

São os pólos que fazem luzir os predicados.
outra é apenas meia felicidade. Não basta
ser inteligente; é preciso também ter o
caráter apropriado. O tolo fracassa por
desconsiderar sua condição, posição,
origem, amizades.


Conhecimento e coragem se alternam na grandeza.


Sendo imortais, imortalizam. você é o tanto quanto sabe, e
se for sábio capaz de tudo. Homem sem saber, mundo às es-
curas. Discernimento e força; olhos e mãos. Sem valor,
a sabedoria é estéril




In. A Arte da Prudência. São Paulo: Martin Claret, 2002, p.25-26

Tão simples






Francisco Perna Filho



São simples as coisas,

alegres e tristes,

como nós.

Trazem o sabor

e o olhar

de quem lhes dá atenção.

São de cores variadas,

como o pensamento.

Vagam livre,

não sonham,

apenas

vivem.


Imagem:http://www.magiazen.com.br/wp-content/uploads/2009/02/pedras.png

Do Presente


Francisco Perna Filho













Noites

com semelhança de iguais,

sem nunca serem.

Sonhos,

séculos de incertezas.

Não se recicla o tempo.

Não se enclausura os sóis.

Onde estão os iguais?

A verdade pode ser partidária do dia ou da noite,

do ontem ou do hoje.

O amanhã a quem interessará?

Peitar o mundo,

derrubar os encantos

são tarefas de hoje.






In. Refeição. Goiânia: Kelps, 2001, p.113.
Foto by Francisco Perna Filho. Caminito de la Boca. Buenos Aires-2009.






Duplo




Francisco Perna Filho










Faz frio,
fina a pele fica,
o filho dorme.
Há calma,
são secretos os sonhos.
A mulher suspira,
liberta de tudo revela esperança
nos graciosos gestos.
O sono não vem,
invento palavras.
Meus olhos coalhados secam a noite.
Barcos invadem minha sala,
aviõs-de-guerra sobrevoam a minha cabeça.
Caminhos me levam para fora de mim,
viajo.
Não há como entender.
Pessoas conversam,
olho,
nada vejo.
Pássaros libertam-se-lhes os cantos.
Voo.
O filho chora,
faz frio.
Há uma escuridão perpetuada.
Manhã pesada.
Sou pura distração:
afastado de toda racionalidade
observo os pés do sofá.
Alguns passos, passo pela porta do quarto
e contemplo o meu corpo
petrificado no espelho da sala.
Reflito um abraço e vou dormir.



In. Refeição. Goiânia:Kelps, 2001, p. 118-119.

Trânsito


Francisco Perna Filho














Noite,

os carros disputam a volta,

os homens refletem o trânsito:

caos, crítica, crime.

Náufrago,

choro, o tempo atropela o desejo,

almas depositada.

Não há reação...

nos esguichos de vida

o corpo guarda o guarda.

Não há apito,

não há guincho.

De que adianta a direção?

no espaço de todos

a ausência de muitos.




In.Refeição.Goiânia:Kelps, 2001, p. 73

SAGRADA CEIA


Francisco Perna Filho

















A imagem,

carcomida,

age,

na ilusão da mesa,

na solidão do prato,

comportando olhos

peregrinos

e santos.

A imagem

da amanhecida ceia

ainda traz em si

uma serena alma

amarelecida em prantos.

A imagem,

que carcomida age

colhendo pratos,

revisa a fome

de santos e peregrinos.



In. Refeição. Goiânia: Kelps, 2001, p. 105.

Imagem: Pablo Picasso, Pintor e Escultor Espanhol (Cubismo), 1881-1973. Girl Before a Mirror [Femme au miroir],1932 - (Museum of Modern Art, New York)

GOIÂNIA


Para Celina Manso










Francisco Perna Filho

Goiânia,
ouço o teu grito,
como num eco, repetidas vezes,
nesse corredor vazio da Avenida Anhanguera,
nas mortes irrelevantes da Rua 90,
nos banheiros pobres da periferia
encardidos de amor barato,
de retalhos e esperanças,
cheirando a naftalina e eucalipto.
Eu contabilizo a tua dor
Nos barracões de lona preta,
Nas casas sem porta,
E nas goteiras da tua ilusão.
Eu vejo o olhar iluminado do césio 137
passeando num velho Fiat
pelas ruas esburacadas do nosso desencontro e,
deslumbrado, contemplando a natureza morta
nas tuas curvas e viadutos.
Eu choro o teu abandono,
o teu desprezo,
a tua impotência,
nos olhos paralisados dos meninos de rua,
tão vermelhos quanto os semáforos da Avenida Mutirão,
e mastigados pela cola que os consome.
Eu sofro com os teus vagidos
nas obscuras celas dos teus presídios e manicômios,
e na pálida alegria das tuas garotas de programa,
ao se sentirem importantes nas páginas dos classificados,
postadas como estampas de alguma correspondência barata.
Vejo-a daqui de cima, do Morro do Além,
e a fumaça que sobe dos teus prédios é da cor da alma dos teus algozes.
Vejo os teus mortos e desabrigados,
desiludidos e aviltados,
chorosos e maledicentes ao se virem enxotados de suas ilusões.
Goiânia,
Talvez o meu canto, de natureza triste,
de escombros e revoltas,
Pareça uma ofensa, mas não.
O teu lado belo, da Art Déco, todos conhecem.
As tuas praças floridas,
Tuas avenidas,
Os bairros nobres e condomínios fechados,
Já não são novidades.
Os teus hospitais, centros de excelência,
Tuas catedrais,
Teus palácios,
Aeroporto,
Rodoviária e shoppings.
Tudo isso nos enche de orgulho,
Mas não podemos quedar-nos diante do feio,
Da corrupção,
Do desmantelo.
Goiânia,
A tua história é canto de toda gente,
De todos os cantos,
De todos os povos,
Que aqui chegaram,
Vindos de outras terras,
Com olhares vários,
Com sonhos, costumes e tradições,
Deixando para trás o berço,
A família e o olhar,
Porque foste a eleita e,
Por ser assim, é que te queremos mais amada,
Menos amarga,
Porque fazes parte do mundo,
Porque trazes uma parte e uma fala de cada povo,
E em ti estão as feições de uma sociedade cosmopolita.




Foto by Francisco Perna Filho

POEMA HOMENAGEM



Clique na imagem para ampliá-la!












Hoje cedo, tive a grata satisfação de receber esta homenagem do meu dileto amigo/irmão Sinésio de Oliveira, poeta, jornalista e fotógrafo.




Foto by Sinésio DeOliveira

New York



Francisco Perna Filho












O pássaro

vê a cidade

Lentamente/ letalmente

Mergulha.

O pássaro

É de metal

E só percebe o próprio vôo,

Desconsiderando as cores

E os sonhos que carrega.

O pássaro vê

Mas não ouve.

A cidade ouve

Mas não vê.

A vida imita a arte:

O pássaro explode

Em chamas,

A cidade

Chora escombros.




In.Refeição. Goiânia: Kelps, 2001.

TRANSFORMAÇÃO


Francisco Perna Filho












Peixe na linha,

rima de pescador.

Encontro de águas e arco-íris.

Rio quebrado nas voltas dos olhos,

no piscar dos barcos,

na manga de chuva.

Perpetuado no mormaço da existência.

Os olhos observam o ritmo:

na rima quebrada do peixe fugido,

na desalegria de morte escapada,

na deselegância de mesa-objeto, sem pão.

O rio continua

no riso pálido do pescador extático,

no hiato das culturas,

na incontinência dos jovens poetas.

Linha, água.

Peixe, anzol.

Pescador.



In. Refeição. Goiânia: Kelps, 2001, p.37.

AUTOBIOGRAFIA



Francisco Perna Filho


Nasci,

tomei conhecimento do mundo

e de mim.

Além dos outros,

somente eu:

UM.

Um a contabilizar os dias,

os goles e os livros,

a jurar amores

às cartomantes.

A correr sem medo,

sem dinheiro e sem rumo,

espantava a velhice escovando as horas.

Quando cresci,

fui jogado no mundo,

bati com a cabeça na vaidade alheia,

conheci mulheres

e espelhos,

e descobri-me sobrevivente

ao brindar com o inimigo.

Acumulei perdas

e desilusões.

Talvez, por ter nascido bem mais tarde,

não me calaram a voz.

Chorei.

Persegui amores,

como os cães do interior

perseguem carros:

uma luta vã.

Sobrevivi,

tive bem mais sorte

do que o Latim.

Historicamente me fizera,

na repetição dos dias

e dos filhos,

descobri o amor.



Foto by Tainá Corrêa

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