Teu nome dança na palavra. Acerta
o timbre das vogais e, a cada instante,
se faz gleba e glicínia, descoberta
de um gêiser no vapor da consoante.
É ele que reluz na letra L,
no corpo da mulher que, airosa e fina,
se exibe no poema e, pele a pele,
deixa no ar seu perfil de bailarina.
É dele que provêm a forma, o estilo,
a beleza sem fim e sem começo:
o segredo maior e mais tranquilo
para ser dito apenas pelo avesso.
In. Linear G. São Paulo: Hedra, 2010, p.78.
Imagem retirada da Internet: Bailarina
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