Singeleza
Uma melodia, assim tarde,
nervosa como a chuva fina,
trilhando em teus olhos, menina,
a delicadeza do véu
a cobrir teu olhar,
tarde e madrugada,
nas cores do teu abraço,
nos traços dos teus dedos.
Uma melodia diferente,
assim tinta, assim tela,
maravilhando em singeleza,
remédio para o meu quebranto,
quando caio,
quando quedo,
quando fico,
fico,
fico,
assim nervoso,
pinto outro universo.
Uma melodia
em sons de cordas,
de jazz e afro reggae,
de cachoeira
e mata,
que me mata,
que desata os cadarços do sapato
na larga avenida do teu sorriso, menina,
que trespassa sonhos,
quereres,
viagens,
beijos,
Uma melodia,
que se desdobra em sino,
em canto de passarinho,
em número de identidade.
Entidade,
que me mata,
Vanessa.
Imagem retirada da Internet: Vanessa
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