IMOTIVO
Sem motivo algum para o poema.
O dia sobre o chão como folha esmagada.
O jornal atirado por cima do muro.
Monturos de palavras, ossos dos dias
num museu de momentos constantes.
A noite passou chorando
pelo silêncio da sala.
Há lágrimas no canto da janela
de luz ligeira.
E as pupilas iluminadas com que se vê
A chuva pingando, da noite de ontem,
Que é cegueira extrema.
E ainda
... nenhum motivo para o poema.
Sem motivo algum para o poema.
O dia sobre o chão como folha esmagada.
O jornal atirado por cima do muro.
Monturos de palavras, ossos dos dias
num museu de momentos constantes.
A noite passou chorando
pelo silêncio da sala.
Há lágrimas no canto da janela
de luz ligeira.
E as pupilas iluminadas com que se vê
A chuva pingando, da noite de ontem,
Que é cegueira extrema.
E ainda
... nenhum motivo para o poema.
In. Antonio Miranda
Imagem retirada da Internet: papel amassado
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