ESTENDO A MÃO
Estendo a mão e não estás.
Mas
o mistério
desta tua ausência é-me revelado
mais docilmente ainda do que pensava.
Não voltarás jamais, mas nas coisas
e em mim mesmo terás deixado a marca
da vida que vivo, não solitário
mas antes com o mundo e tu por companhia,
impregnado de ti mesmo quando não te lembro,
e com o olhar límpido dos que amam
sem esperar nenhuma lei de recompensa.
Tradução de Francisco Topa
Imagem retirada da Internet: Mão