Soares Feitosa - Poema
José Inácio Vieira de Melo - Poema
Vinícius de Moraes - Poema
Adélia Prado - Poema
Alexandre Acampora - Poema
ALEXANDRE ACAMPORA - Escritor, documentarista e fotógrafo. Carioca do Rio Comprido. Morou no Estado do Tocantins por quinze anos, onde foi secretário de cultura da capital. É membro da Academia de Letras de Palmas, foi eleito para o cargo de conselheiro de cultura da cidade. Escreveu no memorável Pasquim, editou jornais alternativos. Escreveu dois livros paradidáticos - Introdução à Filosofia da Educação e História da Educação Infantil, editados no Rio de Janeiro e no Tocantins. Resgatou, reescreveu e produziu a edição de dois livros de Lysias Rodrigues - O Rio dos Tocantins e Roteiro do Tocantins. É autor do livro de poemas Espuma Sagrada do Tempo com duas edições, em Palmas. Escreveu e editou o romance minimalista A Princesinha Inca, o livro de artigos Escritos de Jornal. Foi cronista dominical da Folha Popular, editor de cultura no jornal Tribuna do Tocantins, articulista dos jornais Primeira Página e Cinco de Outubro. É autor de roteiros e diretor de documentários. Recebeu o prêmio de fotografia do Salão de Fotografias do Parque Nacional de Itatiaia. Pai de Selena, Thiago, Bianca e Nara, retornou ao Rio em setembro de 2006.
PALMAS
Acaricio
O parapente
De palmeiras imperiais
Na avenida JK.
Excelências imperiais da natureza
No cio das eras
No cio da eternidade.
Acaricio os ramos
Os cabelos das palmas
Ainda enquanto alcanço
Ainda enquanto posso
Ainda enquanto derramam
Suas ramas
Seus louros
Ao alcance de minhas mãos.
O cio das eras
Indica inatingíveis alturas
Cabelos ao vento
Espanando os céus.
Caminho
Por entre palmeiras meninas
Nessa Palmas
República da floresta.
Araras
Aves raras
Pousarão no cume
Das palmeiras imperiais
Da avenida JK.
Acaricio
Da eternidade o cio
Vendo através dos olhos de meus filhos
O futuro que virá.
Beijo com lágrimas felizes
O cio do porvir.
Com carinho
Abraço o feixe de folhas verdes
Palmas imperiais de meus sentidos
Hoje
Essa Palmas
Tenho nas mãos à altura
Ainda enquanto é tempo
O tempo infante dessas folhas.
Ana Cristina Cesar - Poema
Sou linda; quando no cinema você roça
o ombro em mim aquece, escorre, já não sei mais
quem desejo, que me assa viva, comendo
coalhada ou atenta ao buço deles, que ternura
inspira aquele gordo aqui, aquele outro ali, no
cinema é escuro e a tela não importa, só o lado,
o quente lateral, o mínimo pavio. A portadora
deste sabe onde me encontro até de olhos
fechados; falo pouco; encontre; esquina de
Concentração com Difusão, lado esquerdo de
quem vem, jornal na mão, discreta.
Chico Buarque - Poema
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