Para Sinésio Dioliveira
Libélula
Libélula
a tua língua
como pássaro em arregalado voo
para roubar o silêncio das flores.
De onde vens,
não importa.
Nada importa!
Nem mesmo o canto que não trazes.
O que importa em ti é o ócio prematuro dos insetos,
quando esticas o verde das folhas tenras
e te misturas à secura das árvores e ao cheiro dos cogumelos selvagens.
Libélula
a tua língua
no silencioso voo,
na nostalgia da intestina selva,
para seduzir o solitário fotógrafo
que te presenteia com desmesurados flashes.
Palmas, 25/01/2010
Foto by Sinésio Dioliveira
Certamente você estava nas costas de alguma libélula ao fazer este poema. Mestre, obrigado pela consideração ao me dedicar um poema tão belo assim. Um abraço.
ResponderExcluirAmigo, o poema nasceu da contemplação do seu belíssimo trabalho: a foto que ilustra o poema.
ResponderExcluirAdorei a foto do Gabriel Nascente.
Abraço.