Gabriel Nascente - Poema




Gabriel Nascente



Gabriel Nascente é o nome literário de Gabriel José Nascente. É de Goiânia (GO), onde nasceu a 23 de janeiro de 1950. Jornalista. Morou em São Paulo, apadrinhado pelo poeta Menotti Del Picchia. Autor de quase três dezenas de livros publicados, em sua maioria, poesia. Ex-presidente do Conselho Municipal de Cultura. Em setembro de 1978, a Academia Paraibana de Poesia lhe outorgou o título de “O Embaixador da Poesia Brasileira”. Conquistou, em 1996, um dos prêmios mais cobiçados de todo país, o "Cruz e Sousa de Literatura", de Santa Catarina, com o livro inédito de poemas A lira da lida. E obteve também outras premiações de âmbito nacional. Seu nome figura hoje em diversas antologias da poesia brasileira, inclusive em edição bilíngue. (Fonte: Jornal de Poesia)





75



Calem a boca,
máquinas do mundo!

Os gatos da cidade
são metais em desespero.


87


Os relógios estão comendo
a minha face.



93


Eu vi a alma da poesia
num sorriso da lama.




100


Senhor,
por que não me partes
Em fatias de pão?

Senhor,
por que não me perenizas
no caule dos trigais?


101

Já estão mortas as borboletas.
E ninguém sabe onde anda a eternidade.

O céu era o quintal
dos querubins.



In. O Pão Selvagem. Gabriel Nascente.Goiânia: Agência Goiana do Livro, 2001.

Um comentário:

  1. o lixo do mundo,sobre o quintal dos querubins,e eu nao querendo incomodar.

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